terça-feira, 11 de outubro de 2011

"Ela não existe!"

Eu era um pinguinho de gente. Tinha entre dois e três anos, algo assim. Minha babá, Paula, acabara de me levar ao trabalho de mamãe, e já estávamos voltando à rodoviária. Passávamos por um cruzamento – até hoje ele existe – cheio de curvas, aonde os carros iam e vinham, e confundiam qualquer um. Lembro-me bem que ela segurava a minha mãozinha pequena e andava, praticamente me arrastando. Ela era impaciente. Tinha medo de perguntar-lhe, mas a menina me fazia falta. Eu lembrava-me dela, e a admirava também. Será que ainda lembrava seu nome? Talvez, não recordo-me bem. Mas eu sorria ao lembrar de seus cabelos, do sorriso e da sua postura também.
Eu tinha medo da minha babá, contudo, eu a perguntei sobre a menina, aquela que me fazia tanta falta, de quem eu tinha poucas imagens e grandes sentimentos.
“Ela não existe! Agora cala a boca e anda.” Resmungou.

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