Meus pêlos estavam um pouco mais crescidos, mas nem me dei conta. Meus dias se tornaram como as águas de um rio, iam se empurrando; numa matemática simples, eles tinham apenas dois estados pra mim: O “quando estava acordado” e “quando estava dormindo”. De um jeito rotineiro, não ficou tão depressivo se fosse olhado mais de perto.
Eu me tornei um semi-deus frio quando se tratava de mim mesmo. A luz do sol era cegante e eu preferia o caleidoscópio que o escuro das cortinas fechadas combinado com a minha imaginação fértil me proporcionava ao som de algum clássico do rock. Por uma tela de alguns poucos centímetros quadrados, acompanhava a vida de muita gente. Eu estava drogado pra falar a verdade. Aquelas histórias vinham com sabor de jujuba e brigadeiro e me dava em doses mínimas o que eu nunca pude ter, pelo maldito desprezo que o destino tinha para comigo. Ele me odiava com todas as forças.
Deixou-me de fora da brincadeira, apenas com um jogo de passatempo nas mãos. Não sei quais foram as minhas notas em “Comportamento, atitude e socialização dos seres humanos”, mas vivo na ilusão de ter passado de ano, com isso, tento ajudar outras pessoas na minha mesma situação: Aprender sozinho e na prática. Talvez eu soubesse demais ou não soubesse porra nenhuma, o fato é que andava sempre só, a ordem dos fatores não alterou em nada o resultado, esse curso nunca me serviu. Em suma, nunca mais acreditei em finais felizes depois de ler a primeira tragédia, ainda no começo da juventude; o resto das tramas soa mentiroso demais depois de uma boa olhada numa avenida movimentada.
Eu me tornei um semi-deus frio quando se tratava de mim mesmo. A luz do sol era cegante e eu preferia o caleidoscópio que o escuro das cortinas fechadas combinado com a minha imaginação fértil me proporcionava ao som de algum clássico do rock. Por uma tela de alguns poucos centímetros quadrados, acompanhava a vida de muita gente. Eu estava drogado pra falar a verdade. Aquelas histórias vinham com sabor de jujuba e brigadeiro e me dava em doses mínimas o que eu nunca pude ter, pelo maldito desprezo que o destino tinha para comigo. Ele me odiava com todas as forças.
Deixou-me de fora da brincadeira, apenas com um jogo de passatempo nas mãos. Não sei quais foram as minhas notas em “Comportamento, atitude e socialização dos seres humanos”, mas vivo na ilusão de ter passado de ano, com isso, tento ajudar outras pessoas na minha mesma situação: Aprender sozinho e na prática. Talvez eu soubesse demais ou não soubesse porra nenhuma, o fato é que andava sempre só, a ordem dos fatores não alterou em nada o resultado, esse curso nunca me serviu. Em suma, nunca mais acreditei em finais felizes depois de ler a primeira tragédia, ainda no começo da juventude; o resto das tramas soa mentiroso demais depois de uma boa olhada numa avenida movimentada.
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