Ultimamente tenho comido fubá cru com um pouco d’água, é só o que me dão.
Simplesmente não posso reclamar, plena inatividade,
A casa está fria e sem vida, e minha cama, incrivelmente morna,
Com os pés descalços, vou ao banheiro e me olhar no espelho, só.
Um vulto vem perturbar a culpa das minhas imperfeições me avisando do jantar,
E perambula pela casa, e cutuca a minha culpa.
Não posso ir sem deixá-lo, mas também não posso ficar,
Das minhas mãos penduradas para fora da cama escorre um liquido vermelho e espesso,
Mas não tenho nada cortante por perto...
Já sei, são os ponteiros dos relógios, eu nunca sei a hora exata,
Talvez seja castigo, ou talvez seja o preço de deitar e dormir sem ter nada no dia seguinte.
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