segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Caixinha.




De passos incansáveis, enches a noite minha
Ao som de um maldito polifônico
Calo a aflição de teu pé à pontinha.

O teu palco, o espelho
Aos meus olhos, a fome
De uma dança sem autor, nem pronome.

Ecarte, bailarina!
Gira, gira
Traz-me um sorriso
Tin tin tin tin
Demi pointe.

Guardo a tua doçura
Os teus gestos preciosos de pequena estrela
E a perfeição eterna levada na postura.

A graciosidade que carregas às mãos
De proteção hei de te enlaçar
Para que não mais tema te ver despedaçar.

Serás sempre minha
Em cima de minha escrivaninha
Não te preocupes, a chuva não se demora
Não há tanto interesse lá fora.

Dedicado a Catarina Linda Nunes

Um comentário:

  1. Bailarina, pequena bailarina.
    "Ecarte, bailarina!
    Gira, gira
    Traz-me um sorriso"

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