Tenho a aparência ensopada, pareço ter vindo da chuva
Cabelos, olhos e até as roupas
Pele branca, pálida, fria, solitária
Me vejo distante, não tenho como me encarar nos olhos
De maneira tão, mas tão estranha que chama a atenção
Eu pareço estar morto
Na verdade eu tenho asma, a cada segundo suspirando por vida
Me recolho tentando achar as respostas nas núvens pela meia-noite
Procuro nessa imagem refletida agora, as asas que tenho certeza que estão aqui
Cadê? São invisiveis por um acaso?
Mostrando a diferença que ninguém consegue enchergar
Me fazendo abaixar a cabeça e simplesmente retornar para o meu quarto
A pé!
E me deixando, mais uma vez, com o espelho como única opção
Me obrigando a olhar cicatrizes, sedas superficiais e até algo singelo
Que pode ser tão falso quanto a natureza humana que tento aprender como uma criança imita um mímico
Talvez eu seja mesmo é obsecado por esse pedaço de vidro inútil pendurado na minha parede.
Nenhum comentário:
Postar um comentário