E ele pôs-se a rir do próprio reflexo no espelho. Percebi
claramente que era a velha tentativa clichê de rir para não chorar. Pareceu-me
dar-se conta do que era anos atrás. Arrisco a até dizer, categoricamente, que pensou
que a criança que fora não se orgulharia daquele reflexo. Mas, para ele, graças
aos Céus que crescera. Triste é a criança que entende o olhar exausto de um
adulto. E ele, meu Deus, estava contando sempre um dia a menos nos calendários
que se seguiram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário