terça-feira, 4 de novembro de 2014



E ele pôs-se a rir do próprio reflexo no espelho. Percebi claramente que era a velha tentativa clichê de rir para não chorar. Pareceu-me dar-se conta do que era anos atrás. Arrisco a até dizer, categoricamente, que pensou que a criança que fora não se orgulharia daquele reflexo. Mas, para ele, graças aos Céus que crescera. Triste é a criança que entende o olhar exausto de um adulto. E ele, meu Deus, estava contando sempre um dia a menos nos calendários que se seguiram.

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