domingo, 20 de julho de 2014

Branco-Arrogante

E desceu do céu como um raio
De brancura pálida e nítida pureza
Procurou seus caminhos com dura aspereza
De um rei arrogante que olha de soslaio

De mala branca e cuidado exagerado
Pisava o chão com todo o cuidado
Num mundo de tintas, ele caía
Por sua brancura, agora, temia

Porém, esquecera sua coroa
E a altura na qual se entronava
Vivia a se esquivar das cores à toa
Esse martírio, dele, açoitava

E os dias traduziram-se em máculas
Seu branco, todo traído
Seu ego, real e arrogante, moído
Aborreciam o pobre crápula

Em cada cômodo que entrara
Saíra com marcas por toda parte
Chorou sua cor usurpada
Não conseguia sorrir sua arte

Nem coroa, nem branco
Nem trono, nem rei
Nem ego, nem lei
Nem puro, nem alanco

Manchas e cores
Agora humano
Num colorido arcano
Num viver sem pudores

Estar vivo é uma troca
Não se perde, nem se ganha
A transformação é a façanha
Quando a vida nos toca

Ao término do ciclo
Voltou ao céu como veio
Mais leve, mais belo
Seu rastro foram 7

Um arco-íris

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Há de saber medir as palavras,
Há de conhecer bem o terreno do próprio coração,
Palavras têm mais poder nos ouvidos de quem as escuta.