Quero que o sol venha doce num fim de tarde
Ilumine o que de vivo estiver debaixo dos panos
E a varanda esteja aberta à brisa fresca que não arde
E que o sentimento seja morno – ainda, com tantos anos.
Quero sentir a segurança da tua pele para meu corpo
E ver o que há de honesto no que carregas no rosto
Desejo, também, que um bom sorriso se realize
Tão como uma árvore que enraíze
Talvez haja até acordes ao fundo
Que inspire e resgate memórias já surradas e mal lembradas
E a cumplicidade se sele às mãos dadas
Nos mostre a completude bela do nosso mundo.
Deixa a preguiça te abraçar, menino
Vem dormir comigo, que o sol já vai
No vai-vem da rede, que balança mas não cai
Dorme tranquilo, que meu amor é genuíno.