domingo, 24 de fevereiro de 2013


E a fumaça que leve o quanto puder dos meus anseios; a nicotina, se encarregue de me trazer o sono, porque no fundo, eu só quero viver.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Eu, assassino.


Eu queria ser assassino. Juro como queria. Porém, matar requer uma força congênita, talvez de nascença, talvez adquirida pelas intemperies da vida, ainda antes de se tirar a baba do queixo. Mas te mato na minha imaginação.
Veja só, eu tentei te afastar da minha mente, tentei agredir a tua imagem quase intacta que insiste em se fincar a cada esquina. Tentei te ignorar, te apedrejar, te mutilar; te...ntei te tirar o oxigênio, mas percebi que estava no lugar errado: a imagem com a qual guerreio aqui em cima é apenas reflexo. Você não vive na minha cabeça, como julguei, onde tudo é embaralhado demais - você não passaria da primeira semana, quer apostar? -. Você vive mesmo é logo abaixo da garganta, entre o pulmão e a caixa torácica, e lá, meu amigo, eu não tenho plano de guerra; a geografia é maluca, não há física, química, não há lógica.
Mas não se engane, isso não é uma redenção. Já ouviu falar que a esperança é a única que morre? Pois é, pelo menos o alento de "ao menos eu tô tentando", o teu reflexo vai me dar. No mais, vou imaginando que um caminhão passou por cima de ti, tanto quanto nenhuma sorte seria capaz de te salvar.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013