Confesso que meu maior pecado
É ser exagerado
Num polo, apenas o quente
O frio, no oposto
Morno não é coisa de gente
Isso é questão de gosto
Em cores
Só digo branco e preto
Cinza fica para os amadores
Não serve nem pra amuleto
Para o tempo, só duas escolhas
Agora é para já
Ou nunca mais, para decidir
Pois o talvez, de me acovardar não há
Aqui não pode residir
Pra finalizar
Te digo como comigo lidar
Em terra de cangaceiro
Só cabra macho é faceiro
Não pode se tremer
Palavra de homem tem que ter
Aqui, ou se dá
Não importa o que acresce
Ou vai dançar
Só frouxo é que desce.