
"Certo dia, olhei para o céu e invejei a lua. Queria estar em seu lugar, sedutora e solitária, apenas acompanhada das estrelas e das nuvens, que dançavam ao seu redor..."
Às vezes eu fico meio assim. Me sinto só e fico só. Às vezes eu queria ir para uma praia deserta e ficar sozinho. Vendo o pôr-do-sol, com meu fone de ouvido, sem ninguém pra me amolar.
Sei lá, me sinto sozinho mesmo, falta de amor, falta de me entregar a alguém.
Me apego fácil as pessoas e por isso, estou sempre com o coração em pedaços. Parece até que ele já se cola sem precisar de ajuda. É tão difícil ter essa alma de artista, ser sensível para os sentimentos e esperar que uma coisa tão linda aconteça vivendo nos dias de hoje.
No meu meio, a voz da carne vale mais do que algo duradouro e que valha apena ser vivida. Para eles eu pareço um tolo, acreditando em príncipes encantados e toda essa merda de conto de fadas. Já que, não existe amor perfeito nesse meio e, como eu disse, a carne vale mais. Lembro que perguntei a um conhecido o que ele achava de mim, ele respondeu que eu era uma "Alice no país das maravilhas". De novo, voltamos a droga dos contos.
Ando por ruas desertas, procurando respostas em mim mesmo, querendo que essa realidade não faça mais parte da minha realidade. Acreditando ainda, naqueles contos, para, só assim, a vida ter algum sentido para um artista como eu.